Alma Rural

César Oliveira e Rogério Melo

Compositor: Anomar Danubio Vieira / Edilberto Bergamo

Resto de tarde, sol desbotado, volta de campo
De goela aberta, grita um tajã junto ao lagoão
Bocal froxito num zaino negro, naco de pampa
Pingo de estampa que ando costeando pras precisão

Uma milonga, das bem antigas, do velho gildo
Sai num silbido e ganha vida num céu invernada
Meu ovelheiro bajo el estrivo troteia largo
Irmão que trago comigo nas campereadas

No horizonte assoma um vulto, rancho campeiro
Meu paradeiro, templo crioulo, altar sem luxo
Quanto mais perto, mais me liberto aqui neste fundo
Um fim de mundo, mas pago bueno dos mais gaúchos

Boleio a perna num galpãozito de quatro esteios
Saco os arreios e lavo o lombo do meu bagual
De fogo aceso, encho a cambona pra um mate novo
Que eu sou de um povo de jeito simples e alma rural

A noite desce e junto com ela, sombras e amores
Grilos cantores e pirilampos clareando a paz
Enquanto o palheiro vai se esvaindo pela fumaça
Eu acho graça dos movimentos que o tempo faz

Troveja longe, se vira o vento, talvez garoe
Deu numa rádio, que vem se armando de sopetão
Folgo meu potro e por desaforo ajeito uns tentos
Pra os sentimentos porem remendos no coração

No horizonte assoma um vulto, rancho campeiro
Meu paradeiro, templo crioulo, altar sem luxo
Quanto mais perto, mais me liberto aqui neste fundo
Um fim de mundo, mas pago bueno dos mais gaúchos

Boleio a perna num galpãozito de quatro esteios
Saco os arreios e lavo o lombo do meu bagual
De fogo aceso, encho a cambona pra um mate novo
Que eu sou de um povo de jeito simples e alma rural
De fogo aceso, encho a cambona pra um mate novo
Que eu sou de um povo de jeito simples e alma rural

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