Amanhecido

César Oliveira e Rogério Melo

Compositor: Não Disponível

A manhã pedindo cancha
Sobre a missa de um balcão
Onde o padre é um bolicheiro
E a canha quem dá a benção

Vão doutrinando os "paysano"
Num batismo de fronteira
Que vai fazendo um "esparramo"
Na ideia de quem clareia

Quem rezou a noite inteira
Num altar tradicional
Campeando o rumo das "casa"
E o pecado do ritual

Ainda vai retumbando
Na cabeça um bordoneio
E o sol cozinha sem pressa
Quem vai firmando os "arreio"

Nas rédeas, o santo rosário
Que vem no corpo benzendo
Pena que a borracheira
Traz as duas "mão" tremendo

Sorte um pingo da confiança
Que ainda conhece o prumo,
Pois quem segue pela estrada
Multiplica o próprio rumo

Mas de fato pouco importa
O que fiz de madrugada
Pois o fim foi na porteira
Bem na hora da pegada

Por cristão rogo assobiando
Uma vaneira pro céu
Pois na encilha achei minha alma
Perdida neste mundéu

Na farra e golpeando trago
Fiz render mais um domingo
Porque galo da fronteira
Mete até "quaje" dormindo

Eu sou crente dessa igreja
Onde a canha é quem batiza
No culto manda quem pode
Obedece quem precisa

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