Mas Quem Será Esse Vivente?

César Oliveira e Rogério Melo

Compositor: Não Disponível

Uma gateada rosilha da marca da Dom Dilon
Trazia um gordo no lombo, lambuzado de batom
Por certo vinha de um baile no salão do rancho alegre
É coisa triste uma alma quando a maldita persegue

Nos estribos se escorava, como quem aguenta uns pulo
Mas o semblante mostrava, que a Tava virou de culo
Um retrato de invernada com requintes do Bocage
E a égua vinha roleada que nem Matambre pra viagem

Eu conhecia esse tipo, mas não lembrava direito
Se era um ginete afamado, ou cantador de respeito
Só sei que era um desses índios que bailam de cola atada
Andando de pago em pago destapando as madrugadas

Por certo era apaysanado, um dos loco da fronteira
Mas trazia um som regional nos tirrim das cantadeira
Rio grande véio de guerra amanhecido no trago
Cruzando em frente do rancho donde eu sorvia um amargo

No florão do peitoral um RM de ouro
Fivelão dente de porco e um facão dos marca touro
Fui lhe dando buenos dias, me saludou num gritito
Juntou a gateada nos ferros e se sumiu no infinito

Eu conhecia esse tipo, mas não lembrava direito
Se era um ginete afamado, ou cantador de respeito
Só sei que era um desses índios que bailam de cola atada
Andando de pago em pago destapando as madrugadas

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